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terça-feira, 14 de julho de 2015

Estrangeira em sua própria terra - tristemunho

despedida no aeroporto - arquivo pessoal
Depois de morar 14 anos no Japão, cá estou eu em terras brasileiras novamente!

E eu não poderia de deixar aqui registrado às minhas primeiras impressões e experiências em solo verde e amarelo. Infelizmente impressões e experiências não muito agradáveis.

A nossa viagem foi quase eterna de tão longa. Saímos do Japão, passamos por Taiwan, China e África do Sul. Foi bem cansativo, mas em todas as escalas foi muito tranquilo, voos silenciosos, pessoas educadas, normal.


aeroporto de Taiwan
Na última escala, porém, senti a diferença no portão de embarque. O voo que sairia para o Brasil, é claro estava cheio de brasileiros esperando para entrar no avião. E aí começou um tumulto, uma aglomeração, saímos da fila e decidimos entrar depois de todos.

Dentro do avião mais confusão: muitas pessoas em pé, brigando por espaço e por poltrona, minha amiga que estava grávida, pegou um assento bem na fileira do meio no meio, o que era inviável para ela. Fomos conversar com as pessoas ao lado perguntando sobre a possibilidade de trocar de lugar, e para o nosso espanto fomos xingadas!!!

Dei o meu lugar a minha amiga e fui eu lá no meio do meio.

Chegando aqui no aeroporto de Guarulhos, mais um triste episódio. Fui pedir informação a um agente da polícia federal e. recebi dele uma resposta mal dada. 

Ainda por cima, fizeram passar todas as nossas 10 malas no raio x, sem nos conceder ajuda.


no avião para China

Imaginem a cena e façam as contas, queridos: 

• Cintia de 1,58;
• uma mãe e três crianças pequenas cansadas;
• plataforma móvel a 50 cm de altura;
• 10 malas x 32kg.

Colocamos as bagagens ultra pesadas na esteira rolante.

aeroporto da África do Sul
Saí de lá chorando, queria de qualquer jeito tomar um avião de volta à Terra do Sol Nascente. Eu me sentia humilhada por TODOS os funcionários da Receita que olhavam o monitor do aparelho de raio x, com as imagens de nossos pertences em minhas malas, e nenhum filho de Deus para perguntar se eu precisava de ajuda.

Saímos do aeroporto. Logo que entramos na Marginal Tietê as crianças começaram a falar: "nossa mamãe, como o Brasil é kitanai (sujo) e que kusai (fedido)!".

Não encontrei palavras para responder a elas. Era verdade. Quanta pichação! Quanto lixo nas ruas e nos rios! O que eu ia dizer???

na África com Mandela
Gostaria de possuir coisas melhores para falar sobre o nosso Brasil e sobre os brasileiros agora, mas infelizmente a experiência que vivemos não foi muito boa para nós neste retorno.

Embora as dificuldades apareçam, não desprezo o nosso País, ao mesmo tempo não consigo fechar os meus olhos para a realidade da falta de educação da maioria dos cidadãos e do lixo que depositam em nossas cidades. O que escrevo não é uma crítica, nem é protesto, é o "tristemunho" de alguém que se sentiu estrangeira em sua própria terra.

parada na África do Sul com direito a banho
 e café!


Mas é claro que não tenho somente coisas negativas para relatar.

Revi parentes e amigos, tomei caldo de cana na feira (hahaha), levei minhas crianças ao teatro para ver pela primeira vez uma peça em português. Meus filhos puderam ver boi e cavalo de perto, tiveram a oportunidade de conhecer o bisavô, e muitos familiares que eles sequer tinham noção de ter.

"E sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, que são chamados segundo seu propósito." Romanos 8.28.

Sim, irmãos, eu sei que tudo o que temos passado é para o nosso bem, e não há murmuração, apenas experiências a serem contadas. E, de pouco em pouco, vamos nos encaixando por aqui.

Logo mais escreverei sobre onde estamos morando e a dificuldade de adaptação! E pelo motivo de nossa mudança, migrarei para outro blog, para essa nova etapa no Brasil.

Conto com a oração dos irmãos.

Deus abençoe a cada um! Abraços!

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Como funciona um boicote e lição de cidadania evangélica


Não compre produtos de MARCAS que patrocinam comportamentos estranhos, declaradamente não cristãos em novelas da TV Globo.

BOICOTE - ESCLARECIMENTOS

João Cruzué

Muitos leitores ainda não entenderam o espírito do boicote aos produtos que patrocinam o preconceito e a difamação do povo evangélico, por isso estamos aqui de, de forma didática, para tirarmos dúvidas através de perguntas e respostas.

1 - O que é um boicote? - é uma decisão pessoal, consciente de deixar de comprar um produto ( shampoo, sabonete, carro, medicamentos, biscoitos, pasta de dentes, etc) ou deixar de usar um serviço (bancário, telefonia, seguradora) com um propósito didático.

2 - Qual é o objetivo de um boicote? - protestar pacificamente, sem violência, com o propósito de dar uma lição (econômica) em pessoas ou empresas que estejam ferindo os direitos civis de consumidores, geralmente por estimular estereótipos negativos e imagens preconceituosas.

3 - O boicote é legal? - considerando que a pessoa que tem seus direitos feridos (por preconceito) é um consumidor em potencial, nada melhor que exercer seu direito de defesa, deixando de adquirir marcas de produtos e serviços. Esta recusa em comprar vai causar um prejuízo ou uma redução de lucros. É perfeitamente pacífico, ordeiro e legal.

4 - Por que o Blog Olhar Cristão defende esta causa: a comunidade evangélica sofre com preconceitos religioso e cultural. Essencialmente somos diferentes nas formas: de cultuar, vestir, falar, arrecadar dízimos e ofertas e evangelizar, e somos criticados acidamente por isso. Se antes éramos minoria, estatisticamente, hoje devemos ser 25% da população brasileira. Alguns evangélicos têm fixação negativa pela TV Globo, considerando que dali partem, conscientemente, a maior difamação e preconceito contra a comunidade evangélico. Cremos que não é democrático desejar que esta rede transmissora de TV se acabe, por desejos de vingança. O caminho não é por aí, pois usar a lei de talião - "olho por olho, e dente por dente" qualquer um poderia fazer. Temos que agir de forma pacífica, consciente, mas com uma força suficiente para que esta TV, que prima pela qualidade, também prime-se pelo respeito à cultura e expressão religiosa evangélicas.

Mas, além de crentes somos consumidores, detentores de no mínimo 20% da renda nacional. E no papel de consumidores podemos dar nossa resposta (um boicote) recusando adquirir marcas de produtos em supermercados ou em outros estabelecimentos - que estejam patrocinando qualquer tipo de programa em TV ou Rádio que seja ofensivo à cidadanias dos crentes brasileiros. Resumindo uma lição ou um boicote com efeito didático.

5 - O efeito didático de um boicote - a cada recusa consciente em adquirir um produto no supermercado, é um prejuízo a mais na rentabilidade de uma empresa. Por exemplo: ontem fui ao supermercado para comprar sabonetes. Como eu vi pessoalmente a marca "Albany" patrocinando uma certa novela que vem difamando principalmente à mulher evangélica ao estereotipar seu cabelo (cabelão) e saias (saião), eu passei pela gôndola, dei um belo sorriso para eles, mas comprei sabonetes de outra marca, naturalmente melhores. A marca Albany de produtos de toucador ( sabonetes, shampoos, condicionadores, e o resto), conscientemente, não mais entrará em nossa lista de compras no supermercado.

O dia em que, da mesma forma, as famílias evangélicas conhecerem de fato seu poder econômico como consumidores, e derem uma grande lição (boicote) bem sucedida em uma empresa que patrocine programas difamatórios contra os crentes, será o bastante para que todas as outras pensem duas vezes antes de assumir o risco patrocinar programas difamatórios. Elas podem detestar nossa religião, mas garanto que adoram nosso dinheiro. O efeito indireto do boicote é: sem patrocínio, qualquer programa de TV (novela) acaba mais cedo. Ou melhor: nem começa. Exerça, pois, seus direitos de consumidor, mostrando seu descontentamento de forma inteligente: concentre seu ataque na origem do financiamento, isto é, contra os patrocinadores.

6 - Quais produtos ultimamente vêm financiando programas que difamam a comunidade evangélica: No mês de março (2008) eram: aspirina da Bayer; biscoito Traquinas; operadoras de celulares Vivo e Claro; Albany- sabonetes e Shampoos. L'Oreal - tinturas e shampoos. Mas a melhor forma de saber é anotando - hoje - todas as marcas de produtos que apareciam nos intervalos comerciais da novela Duas Caras de 2008. Hoje, sete anos depois a coisa ainda se repete na TV Globo. A novela das 21:00 h chama-se "Babilônia". Na primeira semana o escritor já colocou duas senhoras de quase 80 anos praticando o beijo gay. Por mim, elas podem se beijar onde quiser - menos em uma TV Aberta de concessão pública em horário que até bebês de poucos meses estão acordados.

Quem agora é a "grande" patrocinadora destes costumes anti-cristãos? A empresa Natura! Guarde bem este nome. Sei que você não tem o costume de assistir novelas, mas pode ser que seja uma fiel compradora de produtos desta empresa. Daí, não assistir a novela, mas comprar os produtos da marca que financiam a Globo a colocar no ar estas coisas está fazendo papel de bobo!

7 - Livre arbítrio: se você crê que já está na hora de protestarmos contra a forma preconceituosa e difamatória com que certas empresas ofendem a comunidade evangélica mostre seu descontentamento deixando de comprar seus produtos. Uma decisão consciente, pessoal e pacífica. Explique para sua família porquê vai tomar ou não esta atitude.

8 - Conclusão: quando uma única empresa sofrer no bolso uma boa lição (prejuízo) de economia dada pelos crentes como forma de descontentamento contra atitudes de preconceito e difamação, a comunidade evangélica vai começar a ser respeitada. E não me admiraria de no futuro ler rótulos assim: "Este produto é amigo dos evangélicos".

Publicado no www.jornalcristao.blogspot.com em 08.04.2008

Como você pode ver, naquele tempo a reação foi grande e a patrocinadora era a L'Oreal. Agora quem está financiando isto é a Natura. Sim, nós podemos melhorar (indiretamente) o nível dos conteúdos destas novelas que insistem em impor costumes a jovens e crianças brasileiros. Eles precisam de dinheiro para financiar estas porcarias, e o dinheiro está em nossos bolsos. É só não comprar - isto é lega e se chama BOICOTE!


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